EPM-CELP celebra 24 anos com exposições “Vidas e Vivências” e “Enferrujados”

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Por ocasião do seu 24º aniversário, a EPM-CELP traz de novo para o palco das comemorações a preocupação cívica e pedagógica de sensibilização para as grandes questões e desafios do mundo em que vivemos: a sustentabilidade ambiental e social, a paz, em suma, o desenvolvimento equilibrado das comunidades num planeta ameaçado e que nos cumpre defender.

Os “17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, inscritos na Agenda 2030, constituem assim, no presente, o mote e o substrato da nossa ação educativa.

Nesse sentido, a exposição que hoje será aberta à comunidade educativa, traz um novo olhar sobre a reciclagem, a reutilização, a redução do consumo exagerado de matérias primas, numa linguagem pedagógica de combate às alterações climáticas, de defesa da vida marinha e selvagem, de promoção da igualdade, da solidariedade, da paz, do bem-estar social, da promoção da saúde e da educação para todos.

A exposição de animais da Sucateira “Vulcano”, vem alertar para a ameaça de extinção de diferentes espécies e ecossistemas marinhos, terrestres e aéreos, e lembrar que a sociedade tem obrigação de os proteger.

Os alunos das diferentes turmas de artes iniciaram um projeto que integrará visitas de estudo, realização de workshops e produção de trabalhos artísticos individuais e coletivos.

A primeira visita de estudo, realizada para conhecer a sucateira, permitiu a observação de “objetos mortos”, no fim da sua vida útil, e perceber que ali pode começar uma nova etapa da sua existência, restituindo-lhes uma nova vida pela interpelação artística que lhes atribui novos significados.

As duas visitas seguintes integram um workshop com dois mestres de serralharia, cujo objetivo é trabalhar com os alunos na produção de peças criativas usando objetos de ferro-velho, dando-lhes uma nova vida e sentido, aprendendo a reutilizar e contrariando a lógica da sociedade consumista.

Cada “novo” objeto tem uma história que “carrega” consigo, transportando-a para a nova peça, enriquecendo-a e tornando-a mais interessante.

Para além destas atividades, outras turmas, do pré-escolar ao ensino secundário, orientadas pelos seus professores de artes, desenvolvem projetos que são sustentados e estimulados pela exploração pedagógica dos trabalhos apresentados nesta mostra, numa dinâmica de educação para as artes que culminará com uma produção coletiva de obras da autoria dos vários alunos, trabalhadas individual e/ou coletivamente.

Por sua vez, nos seus trabalhos expostos no átrio da EPM-CELP, Silimo aborda vários temas da atualidade. Traz-nos um olhar sobre os hábitos e cultura da sociedade moçambicana, principalmente sobre mulheres, homens e crianças nas suas dinâmicas da vida diária. As técnicas usadas têm sido caneta sobre cartolina e também pintura e reportagem sobre papelão. Faz uso da técnica do papelão porque considera que, desta forma, contribui direta ou indiretamente para a preservação do meio ambiente.

Silimo e Rui Paulino (outro dos artistas aqui representados) fazem parte de uma nova geração de artistas plásticos moçambicanos que interpelam e desafiam a sociedade a refletir sobre valores da identidade nacional, a despertar para a riqueza singular do património natural, ambiental e imaterial do país e para a urgência da defesa das suas marcas identitárias.

Usando técnicas e materiais inovadores, até há pouco tempo subvalorizados pelos cânones da estética tradicional, os dois artistas apresentam, nesta mostra aqui trazida à nossa comunidade educativa, uma provocação para um olhar diferente sobre   as linguagens artísticas e o seu papel de intervenção social, indutor de uma mudança na defesa das grandes causas do século XXI.

 

 

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